segunda-feira, 1 de junho de 2015

Foi uma semana mais calma.
Voltei ao trabalho com a consciência que não me posso dedicar a 100%. Tenho família, tenho vida própria. Não posso ir para casa com os problemas do trabalho e sofrer com isso. As horas que passo no trabalho chegam.

Os dias de férias fizeram bem. Fizeram pensar bastante e lembrar-me. Lembrar-me que o meu pai morreu com 42 anos, tinha eu 18. Agora tenho 29. 

O meu pai era um homem de trabalho. Tinha horários difíceis, ás vezes só nos via à meia-noite quando chegava a casa. Lembro-me de sentir o beijinho dele. Nunca tirava férias longe, não tinha carro sequer. Trabalhava para nos dar o que era preciso. Lutou muito para que eu tivesse uma educação, para que fosse feliz. Mas gostava de ter passado mais tempo com ele. Gostava de ter brincado mais com ele. Com a minha mãe também. Hoje ela brinca com o neto e isso enche-me o coração de alegria. Tem finalmente tempo para brincar. Eu também quero ter tempo para o meu filho. Quero brincar com ele. Porque, amanhã, posso não estar aqui.

"O trabalho é sempre para anteontem. No entanto, o dia é hoje e está à nossa frente para ser vivido com intensidade. Carpe Diem, já diziam os romanos." - Diogo Agostinho in Expresso

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