sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Good things inside me

Desde que fui mãe tenho vindo a mudar. Mudamos quando somos mães. Somos umas leoas a defender a nossa cria e ao mesmo tempo estamos a lamber-lhe os pêlo todas babadas. Aprendi a ter mais paciência, a resistir ao sono, ao cansaço. Aprendi que temos forças vindas sei lá de onde. Mas há uma coisa que não mudei. Não consigo sorrir quando vejo alguém que trata mal outra pessoa. Quando é arrogante ao ponto de nos sentirmos pequeninos. Não consigo esconder a expressão de desagrado.

Na área comercial, e se existe algum leitor do blog inserido nesta área deve saber decerto, que o que não falta por aí são pessoas arrogantes. Simplesmente abordam o funcionário da forma que lhes apetece, sem dizer um único bom dia e um obrigado. Ora isto é coisa que me dá volta ao estômago e não consigo ter uma expressão impávida e serena e ás vezes perco por isso. Não consigo ter paciência com clientes que acusam sem fundamento, gritam e ameaçam sem qualquer razão. 

Tenho vindo observar uma colega no trabalho. Vejo que ela lida com o mais arrogante dos clientes e consegue manter uma expressão neutra e no fim ainda sorri e pede desculpa de maneira quase sincera. Não é sincera claro, toda ela é uma actriz. E é isso que o cliente e as pessoas querem. Dizer o que pensam e receberem um sorriso no fim.  

Tenho me mentalizado que devo não mudar, mas vou tentar manter-me calma e paciente em certas situações. Tenho que respirar 5 minutos e as boas energias dentro de mim vão surgir e vou saber lidar com os momentos menos felizes com tranquilidade. É uma promessa que faço a mim mesma. 

(a não ser que seja contra o meu filho, porque aí não há serenidade que me assista)

7 comentários:

  1. Eu acredito muito que, como membros de uma sociedade que queremos justa e razoável, temos que nos educar uns aos outros. E, com isto, não quero dizer que tenhamos que impor a nossa forma de viver e de pensar aos outros. O que temos que fazer é respeitar o outro e fazer que o outro nos respeite.
    Se alguém está a ter uma atitude desrespeitosa e arrogante connosco, seja um cliente nosso ou alguém que nos está a atender a nós, temos a obrigação ética de chamar a atenção da pessoa. Não concordo que devamos sorrir e fingir que está tudo bem, porque não está tudo bem. As pessoas têm que deixar de ser passivas perante a estupidez alheia caso contrário está a justificá-la como aceitável e não é aceitável. Se queremos um mundo melhor para os nossos filhos, todos temos que contribuir para isso. E, para mim, permitir que as situações más se mantenham é tão mau como provocá-las.

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    1. Purpurina concordo com tudo o que dizes e é por isso que não consigo ser como ela. Não consigo fingir... mas como mau feitio que sou as vezes sou impulsiva. O que prometo a mim mesma é respirar e tratar do assunto com boas energias de forma a que a pessoa também se acalme.

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  2. Mindfulness, Vânia. Experimenta, vai-te ajudar a lidar com essas pessoas. :)
    Beijinhos e coragem! Não é fácil lidar com pessoas assim, todos os dias.

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    1. Raquel já tenho ouvido muito sobre o Mindfulness mas ainda não pesquisei sobre o assunto.

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  3. Nem sempre é fácil lidar com estas pessoas que acham que têm sempre razão. Eu costume respirar fundo e dizer que vou analizar o assunto. Depois investigo e se por acaso tenho razão o cliente está feito ao bife porque eu trato de enviar as provas todas :)
    O pior é quando, de facto, um dos meus fez asneira, então tenho que engolir o sapo e ouvir por um erro que não é meu, mas como responsável tenho que assumir os erros da minha equipa.

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  4. É por isto que eu acho que nunca seria feliz e bem sucedida no atendimento ao público. Não consigo disfarçar. Se calhar é um defeito meu...

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  5. Força para isso, pois não é nada fácil...

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