sábado, 19 de setembro de 2015

Os primeiros dias do Diogo fora da barriga da mãe não foram fáceis. Esteve rodeado de médicos durante uma semana e constantemente a ser picado porque o cateter teimava em sair do sítio. Lembro-me perfeitamente de estar numa sala com ele e dois enfermeiros em que ambos demoraram 1h para encontrarem uma veia.... foi absolutamente terrível. O pai entrava e saía da sala já com suores frios. Os enfermeiros não desistiam e a criança chorava chorava chorava. Nunca mais esquecerei.

Desde aí foi algumas vezes ao médico. Primeiro para ter alta definitiva e depois por causa de algumas bronquiolites que apareciam normalmente quando a estação mudava.

Chorou sempre e cada vez piorou mais. A pediatra não era a maior dos amores e nunca tentou uma aproximação com ele.
O Diogo hoje fica verdadeiramente aterrorizado com a presença de médicos ou até pessoas vestidas de branco. Agora que fala diz-me que lhe vão fazer mal.

Na ultima consulta não gostei da atitude da pediatra. Disse que a culpa era dos pais. Que tínhamos que fazer com que ele se portasse bem. Tentei explicar que ele é assim só e apenas no hospital. Os olhos dele enchem-se de medo e chora tanto tanto que o hospital inteiro deve ouvir. Ele não é assim.

Procurei outro pediatra. A minha irmã aconselhou-me um que é um amor e fomos lá com ele. Mal entrou no hospital (diferente do anterior) percebeu de imediato que ia ao médico. Disse logo que queria ir embora.

Mal viu o pediatra fez uma cara de terror. Como se visse algum tipo de monstro com dentes afiados. Começou a chorar e foi a correr para a porta para fugir dali. Só dizia "vamos embora! vamos embora!!!" entre gritos e choro desesperados.

O pediatra tentou falar com ele mas sem sucesso. Então pediu para falar connosco em privado e disse que claramente o Diogo tem um trauma e entra em pânico na presença de médicos.

A solução será ir com ele a uma psicóloga e foi-nos aconselhada a Dra. Clementinha da For Babies.
Disse que a Dra Clementina é excepcional nestes casos e que nos irá ajudar.

Nunca nos ninguém tinha dado esta opinião... diziam sempre que era mimo dos pais. Mas não é acreditem. O meu filho não é assim. É um menino alegre, sociável e que claro, como tantos outros tem as suas birras... mas nada assim.

Espero que a Dra. Clementina ajude o nosso "bebé".



Enquanto isso, vou pesquisando livros para ajudar a ultrapassar este trauma escondido la no fundinho do coração do Diogo.

1 comentário:

  1. não é para menos .... como o que passou não pode gostar de medico!
    Com a ajuda da psicolga vai conseguir superar o trauma

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