quinta-feira, 19 de novembro de 2015


Há coisas que me revoltam e deixam-me mesmo triste. 

Apesar de estar cansada do trabalho fui com o Diogo ao parque infantil do shopping. Estava lá um miúdo apenas, talvez da idade do Diogo com o pai. 
O miúdo começou a aterrorizar o Diogo. Fazia-lhe má cara e não o deixava brincar. Começou a gritar para ele ir embora. Olhava para o pai e ele ao telemóvel. Olhava para o filho e ele nem sequer ficava intimidado comigo. Continuou. O Diogo esperava pacientemente que ele saísse do escorrega para brincar mas mal o miúdo aparecia começava a gritar e a correr atrás dele para lhe bater. Eu pedi ao miúdo para deixar brincar e ele sempre aos berros "Saiam daqui! Isto é meu percebem?" E o pai no telemóvel.

Acabei por ir embora. 
É o segundo episódio que assisto a um miúdo querer bater no Diogo sem ele fazer absolutamente nada. 

São os miúdos todos assim?... 
Que se passa?! 


13 comentários:

  1. É muito chato quando essas coisas acontecem. Mas fica orgulhosa pelo Diogo não responder na mesma moeda.
    Quanto ao comportamento do outro miúdo: provavelmente há uma ligação directa entre o comportamento do filho e o comportamento do pai...

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    1. Também pensei isso. Afinal, os filhos são o espelho dos pais.

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  2. Epá, que raivaaaa! São esses miudos que farão - aliás, já fazem - do mundo um lugar pior :(

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  3. Passei por uma situação muito semelhante num parque infantil. O miúdo a gritar com a Lara e a brincar com um pau. Eu, sempre a atenta a controlar. O pai do miúdo? Sempre ao telemóvel.

    Outra situação que já aconteceu é eu e o meu namorado estarmos a brincar com a Lara no parque e, ás tantas, estamos também a brincar com outro miúdo porque o pai está ao telemóvel e nem liga ao filho, que muitas vezes, tenta chamar a sua atenção. Acabo por ver o Milton a brincar mais com os miúdos dos outros que os próprios pais. Acho que é um fenómeno dos nossos tempos...

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    1. Já nos aconteceu isso mesmo.
      Uma vez estávamos no parque com o Diogo a jogar à bola e um miúdo veio brincar connosco. A dada altura não deixava o Diogo jogar.
      Também já vi uma vez um pai a matratar o filho. O miúdo devia ter um problema qualquer, pensei que deveria ser autismo e não conseguia jogar. O pai estava sempre a reclamar com ele, mas de uma forma péssima. Senti-me bastante mal perante a situação.

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  4. No outro dia estava no hospital com os gémeos e um miúdo já crescido, devia ter ums sete ou oito anos, empurrou um dos gémeos para trás. O meu menino caiu e bateu com a cabeça no chão. O miúdo estava sozinho na sala e eu tratei de ralhar com ele. Expliquei-lhe que já era muito grande para esse tipo de atitudes ora o miudo começa a gritar que queria brincar sosegado e os pequenos não o deixavam. A mãe apareceu do nada ao ouvir o filho a gritar e quis saber o que se passava. Eu disse-lhe que estava a explicar ao seu filho que não deveria empurrar os meninos pequenos e que se não queria que os bebés o chateassem deveria ir para a sala dos crescidos que até tinha actividades mais para a idade dele. Ainda pensei que a mãe me fosse responder mas não limitou-se a arrastar o miudo para for a da sala.
    Depois fiquei cheia de pena do menino. Provavelmente tem este tipo de atitudes porque nunca foi ensinado a não o fazer. Ou então simplesmente para chamar a atenção.

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    1. Quando o meu sobrinho andava na pré escola havia la um menino que era o maior deles todos. Quase todos os dias o nosso miúdo chegava a casa com pisaduras e dizia que era o outro que lhe batia... A minha irmã foi falar com as auxiliares que lhe disseram que não fazem queixa aos pais pois sabiam que o menino vinha pisado de casa. Ou seja, era uma maneira de vingança do miúdo. Uma descarga porque em casa sofria do mesmo. É mesmo triste isto.

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  5. Que horror! Eu acho que não me ia embora sem trocar dois dedos de conversa com esse "pai", isto não se admite.

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    1. Se eu estivesse sozinha bem que falava mas o meu marido não gosta muito de troca de palavras, prefere sair do local e ir à vidinha dele.

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  6. Pois é, enquanto isso, estava alguém focado num insignificante telemóvel,e depois admiram-se que os filhos tornam-se nuns mal educados e arrogantes.

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    1. É impressionante como os adultos hoje não conseguem largar o raio do telemóvel e passar um tempo com os filhos longe das redes sociais.

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  7. O Diogo esteve à altura! Elogia-lhe essa atitude para que não se deixe ir pelos maus exemplos dos outros.
    Quando se metem com o L. tento sempre não me meter, deixo-os resolverem as coisas entre eles, só se vir que se podem magoar a sério é que intervenho. Até agora tem corrido bem, até porque as outras mães vêm logo a correr dizer aos miúdos para não lhe fazerem mal e quando estão a ser chatos, ele muda de zona (o nosso parque tem várias zonas, por idade). Quando nenhuma destas acontece tento cativar a sua atenção para outra coisa, mas tento sempre não lhe dar a entender que o menino "é mau porque não o deixa brincar paz", ou que os pais o ensinaram mal.

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  8. O comportamento do pai...explica o do filho. De lamentar. Fico doente quando me acontecem essas coisas!

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