segunda-feira, 18 de abril de 2016

Part-time?

Ontem visitei o obstetra. Estava com os nervos à flor da pele para saber se estava tudo bem. Na primeira gravidez esperei pacientemente pelas 12 semanas, desta vez não consigo minimamente. Tenho que saber se está tudo bem e está. Está uma feijoca de 2cm com um coração de leão. 
Na consulta o médico perguntou-me como estava o meu part-time. Eu fiquei extremamente confusa com a pergunta e disse-lhe que devia estar enganado pois eu passo o dia a trabalhar. Então ele disse-me: "A Vânia é que não percebeu. O seu part-time é o seu emprego. O seu full-time é a sua família. O seu filho, o seu marido. O resto é part-time. O problema muitas vezes é quando um se mistura com o outro." Realmente. Ás vezes estamos tão absorvidos pelo trabalho que não damos a devida importância ao nosso full-time. Estamos tão cansados, tão irritados que só queremos a cama para dormir e venha outro dia. Deixou-me a pensar. 

6 comentários:

  1. Por acaso (ou não) essa é uma coisa que tenho sempre presente na minha mente. O trabalho é sempre Part-time na minha mente, mesmo que não o seja no meu tempo.
    Os meus pais passaram a vida a trabalhar muito e mal tinham tempo para mim (tenho a certeza que não é o teu caso) e sempre desejei e fiz por ter uma vida diferente.
    Posso passar 10 horas por dia fora de casa mas, chegando a casa... as preocupações com o trabalho não existem. Tudo é feito em função da minha família.

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  2. Foi uma coisa que demorei muito tempo a interiorizar, mas costumo dizer que 1º sou mãe, depois sou esposa, a seguir sou filha e só em 4º profissional.

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  3. Dou-lhe o meu exemplo, desde que comecei a namorar com o meu marido sempre falamos que quando tivesse-mos um filho iria abdicar do trabalho e queria ficar em casa com ele até pelo menos aos 4 anos. Assim fizemos, tinha um trabalho bem remunerado, ganhava 1200€ e o meu marido pouco mais de 600€, estamos numa casa de renda e andamos a acabar de construir a nossa e sou eu e o meu marido que fazemos TUDO o sogro quando pode ajuda também, estão a ser 3 anos de muitos sacrifícios, muitos mesmo, mas não á nada que pague o meu dia a dia com o meu filho e o elo de ligação tão bonito que temos, não á dinheiro que pague isto. Para o ano ele vai para a creche e eu vou voltar ao trabalho, tenho pena que nem todos possam fazer o mesmo que eu fiz,com certeza as crianças seriam diferentes.

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  4. Realmente... acho que nunca tinha visto as coisas dessa forma, mas é tão verdade...

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  5. Realmente, ele é que tem razão!

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