terça-feira, 14 de julho de 2015

No sábado o pai não estava. Tivemos um sábado só para nós.
Fomos a casa da avó "Mia" como ele lhe chama e com ela à casa da Bisavó.

Desde o Natal que a minha avó não dorme lá. Está a organizar tudo. Desde o natal passado.

O Diogo quando lá entrou foi devagarinho até ao quarto. Pé ante pé e espreitou... fez uma expressão preocupada. O bivô já não está aqui. Expliquei-lhe.

"Diogo o Bivô já não está... vês? Podes entrar no quarto." Ele entrou, olhou em volta muito surpreendido mas não disse nada.

Ás vezes em casa ouço-o a falar, e ás vezes diz "bivô".

Desde que ele nasceu o meu avô ficou doente. Foram dois anos e meio de sofrimento.
Acreditem que ninguém merece uma morte assim.

Tenho pena... gostava muito que o Diogo crescesse a ouvir o Bivô. Queria que ele lhe ensinasse sobre as plantas e as árvores. Que lhe falasse dos milhares de livros que já leu. O Bivô está agora com o avô que infelizmente, muito infelizmente, não chegou a conhecer.

1 comentário:

  1. Também tenho muita pena que o meu filho não tenha chegado a conhecer o meu avô, entendo perfeitamente. Mas vou falar-lhe sempre dele, para que ele o conheça através de mim! Beijinhos!

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